CONFISSÃO

O QUE É A CONFISSÃO:
No início de cada celebração eucarística, dizemos todos juntos: "Confesso a Deus todo-poderoso e a vós, irmãos e irmãs, que pequei muitas vezes por pensamentos e palavras, atos e omissões, por minha culpa, minha tão grande culpa. E peço à Virgem Maria, aos anjos e santos, e a vós, irmãos, que rogueis por mim a Deus, nosso Senhor". ..Rezamos assim porque sabemos que somos humanos. Alguém que pode fazer e pensar o mal, que pode tomar-se culpado diante de Deus, do próximo, das criaturas que lhe são confiadas. Rezamos assim, colocando a nossa confiança no Senhor, Jesus Cristo, que diz de Si mesmo: "Eu não vim chamar os justos, mas os pecadores" (Mt 9, 13). Ele começa o seu ministério público pelo mandamento: "Convertei-vos, pois o Reino dos Céus está próximo" (Mt 4, 17). Aos que se inquietam por ele dialogar com os pecadores, responde: "Haverá no céu alegria por um só pecador que se converte, mais do que por noventa e nove justos que não precisam de conversão" (Lc 15, 7).


FRUTOS DA CONFISSÃO
A remissão dos pecados que proclamamos no Credo realiza-se para cada um de nós, de modo concreto, na sacramento da penitência. Cada batizado pode receber o sacramento da reconciliação por intermédio de um sacerdote enviado pela Igreja. Quem, depois do Batismo, cometeu uma falta grave, deve reconciliar-se com Deus e com a assembléia dos fiéis, antes de poder comungar. Exige-se do pecador que ele reconheça a sua falta no sacramento da reconciliação, tendo o firme propósito de mudar de vida; que confesse a sua falta disposto a reparar, na medida do possível, o que fez de mal, e a aceitar a penitência que lhe impõe o sacerdote. Mesmo que não tenha cometido falta grave, todo o cristão ganha, ao receber frequentemente o sacramento da Reconciliação. Os que têm esse hábito, sabem bem que acabam por confessar, cada vez, os mesmos pecados. Isto se deve ao fato de que existem em nós tendências que nos levam a recair frequentemente nas mesmas faltas. Confessar-se regularmente permite à graça do sacramento apagar os nossos pecados, purificar pouco a pouco as nossas más tendências e dar-nos a força de viver segundo as exigências do Evangelho. O sacramento da Reconciliação não é apenas um fato privado, mas reconcilia-nos com a Igreja, restaurando a comunhão fraterna que o pecado tinha fendido ou quebrado (cf. CIC 1469). Pela comunhão dos santos, existe entre os fiéis um intercâmbio maravilhoso em que a santidade de cada um beneficia a todos os outros (cf. CIC 1475), porque cada um carrega os fardos de seus irmãos. É por isso que o sacramento da Penitência e da Reconciliação pode também ter lugar no quadro de uma celebração comunitária na qual a confissão pessoal e a absolvição individual estão inseridas em uma liturgia da Palavra de Deus, com exame de consciência feito em comum, pedido comunitário de perdão, oração e ação de graças comuns, o que exprime mais claramente o caráter eclesial da Penitência. Em caso de necessidade grave, quando a confissão pessoal dos pecados não é possível, o sacerdote pode dar a um grupo o perdão e a reconciliação: trata-se da "absolvição geral". Mas cada um está obrigado, logo que lhe seja possível, a confessar individualmente os seus pecados graves (cf. CIC 1483).

QUEM PODE RECEBER O SACRAMENTO DA PENITÊNCIA
Todo aquele que for batizado pode receber o sacramento da penitência desde que procure seguir alguns passos: Para confessar bem é necessária uma preparação imediata com a oração. Em seguida, faz-se um atento exame de consciência .Isto significa confrontar-se com a palavra de Deus para distinguir as próprias incoerências, defeitos e fraquezas em pensamentos, palavras, atos e omissões frente às exigências do Evangelho. Ter o firme propósito de não cometer novamente os pecados cometidos e procurar não mais cometer os mesmos erros. Existem dois tipos de pecados: "Convém avaliar os pecados segundo sua gravidade. Perceptível já na Escritura, a distinção entre pecado mortal e pecado venial se impôs na tradição da Igreja. A experiência humana a corrobora" (CIC 1854). "Para que um pecado seja mortal, requerem-se três condições ao mesmo tempo: 'É pecado mortal todo pecado que tem como objeto uma matéria grave, e que é cometido com plena consciência e deliberadamente'" (CIC 1857). "Comete-se um pecado venial quando não se observa, em matéria leve, a medida prescrita pela lei moral, ou então ou quando se desobedece à lei moral em matéria grave, mas sem pleno conhecimento ou sem pleno consentimento" (CIC 1862). Fazer todo possível para reparar o mal. A absolvição apaga o pecado, mas não corrige todas as desordens que ele causou. Por isso perdoado do pecado, o pecador deve ainda recuperar a plena saúde espiritual. O exercício penitencial que o confessor sugere não é dado só para expiação dos pecados cometidos e para reparar eventuais danos causados, mas também como ajuda para iniciar uma vida nova e favorecer a plena reparação da enfermidade do pecado. Esta reparação é a expressão de uma revisão autêntica da vida, na qual o penitente procura suportar e reparar os efeitos maléficos de suas ações ou omissões, no seguimento de Cristo e em solidariedade com seus irmãos, sobretudo com aqueles diretamente atingidos pelos seus pecados. Ela pode consistir em orações, mortificações, e em obras de misericórdia.

O OBJETO E A FORMA DA CONFISSÃO:
O Objeto: O próprio penitente A forma: Deus, Pai de misericórdia, que, pela morte e ressurreição de seu Filho reconciliou o mundo consigo e infundiu o Espírito Santo para remissão dos pecados, te conceda, pelo ministério da Igreja, o perdão e a paz. E eu te absolvo dos teus pecados em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo.

A CONFISSÃO NAS SAGRADAS ESCRITURAS
É Jesus diz da pecadora que lhe lavava os pés com lágrimas, que "os muitos pecados que ela cometeu estão perdoados, pois ela mostrou muito amor" (Lc 7, 47); é Ele quem veio procurar a ovelha perdida (Lc 15,4); foi Ele quem quis ficar em casa de Zaqueu, porque veio "procurar e salvar o que estava perdido" (Lc 19, 10); foi Ele quem, depois de ter despedido os que acusavam a mulher adúltera disse "quem dentre vós não tiver pecado, atire a primeira pedra"... e a ela "Eu também não te condeno" (Jo 8, 7-11); foi Ele quem disse ao malfeitor crucificado junto dele, que estaria hoje mesmo no Paraíso (Lc 23, 43); foi Ele quem perdoou Pedra pela sua tríplice negação e fez dele o pastor do seu rebanho (Jo 21, 15-17).Nas suas parábolas, Jesus fala de Deus que ama os homens, como um pai ou uma mãe ama o filho e espera o seu regresso à beira do caminho (Lc 15, 11). O seu amor não se cansa jamais. Permanece mesmo quando aqueles que ele ama seguem o seu próprio caminho e vivem desprezando as suas palavras e os seus mandamentos.Jesus fala do Pai. Exorta o povo - cada um em particular - a converter-se e a voltar ao Pai, que é lento para a ira e pronto para o perdão. Investido da autoridade do Pai, Jesus oferece aos pecadores reconciliação e perdão: uma nova vida. A sua Igreja, comunidade de irmãos e irmãs de Jesus, é o lugar onde o filho pródigo, quando se arrepende, experimenta os braços abertos do Pai, e a sua alegria porque um irmão ou um filho, uma irmã ou uma filha, foram reencontrados.É para esta missão da Igreja que Jesus, no meio dos apóstolos, na noite de Páscoa, sopra sobre eles o Espírito Santo e lhes dá o poder de perdoar os pecados (Jo 20, 22-23). É também para este ministério de reconciliação que Jesus promete a São Pedro, a pedra fundamental da sua Igreja: "Tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus" (Mt 16, 19).

A RECONCILIAÇÃO COM DEUS
O Sacramento da penitência é uma sacramento de profundo amor de Deus por todos nós. Ele quer ter perto e mergulhados na Sua graça e é através do arrependimento e da nossa conversão, que chegamos a essa graça santificante. Arrepender-se significa afastar-se do mal e dispor-se decididamente a um novo começo. E este novo começo vem com o perdão dado por De4us , através do Sacerdote:"A confissão individual e integral dos pecados graves, seguida da absolvição, continua sendo o único meio ordinário de reconciliação com Deus e com a Igreja" (CIC 1497).

















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